O Mapa da Mina - Teoria e Realidade
Para marcar essa retomada de motivação e ritmo nas postagens, o blog Pit Stop Bahia presenteia os amigos com uma imagem rara e inquietante, datada de 2009, com três dos grandes achados antigomobilistas da cidade!
O que torna a foto ainda mais especial, mesmo pecando tecnicamente por diferenças graves de iluminação, é a oportunidade de juntar as três jóias brutas na mesma tomada, além de exibir os "subterrâneos" de uma "mina" lendária, mitológica até, que finalmente se mostrou verdadeira. "Diretamente das estórias" para o bairro de Mussurunga, quase limite do município de Salvador.
O incrível Puma 07 de Campêlo - campeão invicto do Km de Arranque dos anos 80 - foi o primeiro a ser resgatado, ainda sem a poderosa mecânica que hibernava no guarda-roupa do excêntrico piloto. O processo de restauração tem pautado muitas postagens do blog e encontra-se na fase "final" - exatamente a montagem do imbatível motor.
Confiram outro ângulo da mina de preciosidades
Outra "pedra preciosa" da polivalente mina é o autêntico Opala Stock Car que Campêlo trouxe de Brasília. Infelizmente a chegada coincidiu com o declínio das provas de arrancada da época, condenando a fera a uma longa e inesperada hibernação.
Por último, mas não menos importante, um autêntico Buggy (sic) Tropi 1973 - mais conhecido como Kadron - que porta a plaqueta de fabricação número 444. Essa autêntica e preservada joia, lembrança de uma réplica que foi meu primeiro carro, realmente tornou-se a "cereja do bolo" da incrível descoberta.
Não posso deixar de mencionar que o mérito da garimpagem foi de Edson Brandão, inesquecível amigo e cunhado, que presenteou-me com o "mapa do tesouro"!
Era o sonho, a teoria!
A realidade, passados quatro anos, chocou-nos com dois empecilhos de ordem prática, além do natural amadurecimento dos sonhos e projetos.
O primeiro gargalo é o inacreditável descompromisso da mão de obra especializada, que sem cerimônias transforma cronogramas de meses em incontáveis anos. O Puma está nessa categoria, ansiando pela sempre adiada estreia!
Desnecessário lembrar que o atraso de um projeto interfere diretamente nos outros cronogramas. O Opala Stock Car sofre desse mal.
O Kadron - coitado - está no fim da fila!
Claro que a desmotivação acaba achando espaço para se instalar!
Também veio uma outra constatação de ordem prática: não adianta achar uma mina se não houver recursos suficientes e dinâmicos para os processos de mineração e lapidação. Todo abnegado antigomobilista sabe disso e administra as planilhas de custo no tênue equilíbrio entre querer e poder. Claro que a velocidade e simultaneidade de projetos viram obstáculos, ampliando o curso da fila de espera.
Foi um choque de realidade!
Chegou-se a cogitar o repasse das "pedras brutas", para que alguém cuidasse melhor do processo de resgate. Acontecimentos de ordem pessoal só fizeram piorar o quadro e o desânimo.
Mas as conversas com grandes amigos e incentivadores, que conheciam e torciam pelos projetos, geraram novas perspectivas e apoios, além das já consolidada parceria com Campêlo e empresários visionários.
A boa notícia é que resolvemos - parece até propaganda de órgão público - acabar com as filas, conduzindo simultaneamente todos os projetos, para que possam estrear no menor tempo possível.
Esperamos que estejam, com todo o brilho de pedras lapidadas, no Encontro Nordeste de Veículos Antigos, que acontece em dezembro na Praça do Campo Grande.
A assessoria do Clube do Opala da Bahia, através de seu diretor Fábio Sete Quatro, é peça fundamental dessa nova fase, principalmente por apontar o "caminho das pedras" para uma mão de obra competente e dinâmica, reconhecidamente o maior gargalo.
Para ampliar as existentes e viabilizar novas parcerias, os projetos estão sendo adotados pela ZZ Garage, conceito recém-lançado.
Mas isso é outra história!
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