sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mais um museu ameaçado

  
Absurdo!

Depois de ULBRA, que teve seu riquíssimo acervo leiloado por conta de distorções nas finanças, agora o Museu Nacional do Automóvel - Brasília, organizado por Roberto Nasser, está ameaçado de extinção.

Alguém (?) do Ministério dos Transportes está tentando tomar os dois galpões do Museu, para transformar em - acreditem - arquivo morto da extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal) !!!!

A denúncia foi feita por Bob Sharp - no Blog Autoentusiastas -  que transcrevo integralmente abaixo no sentido de ajudar na divulgação dessa trama dos bastidores da "burrice oficial". Não deixem de conferir, também, os comentários.

Leiam e ... tentem acreditar!

Depois assinem o abaixo assinado que tenta reverter esse absurdo: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=apoiomab


UM MUSEU DE AUTOMÓVEL EM PERIGO
Bob Sharp

   
O jornalista Roberto Nasser, 65 anos, é antes de tudo um grande autoentusiasta e um dos nomes mais respeitados. Pertence ao time da velha guarda É desses que vivem automóvel desde a adolescência. Formou-se em Direito e exerce a profissão dividindo-a com o jornalismo especializado. Tem uma cultura automobilística invejável. Esse perfil levou-o a idealizar e criar o Museu Nacional do Automóvel na cidade onde vive desde 1961, Brasília, depois de passar os primeiros anos da sua vida na sua cidade natal, o Rio de Janeiro.

O museu está localizado no Setor de Garagens Oficiais Norte, Quadra 1, n° 205, próximo ao Eixo Monumental, na altura do Memorial JK. Ocupa desde 2004 dois galpões numa área total de 1.800 metros quadrados e o espaço abriga carros antigos, relíquias automobilísticas e biblioteca. Mas o museu corre o risco de fechar as portas.

Isso porque por ordem judicial a área deverá ser devolvida ao Ministério dos Transportes, que quer os dois galpões para estocar o arquivo morto da extinta Rede Ferroviária Federal, um reinvidicação do ministério desde 2009. Em setembro de 2010, portanto há um ano, o órgão entrou com pedido de reintegração de posse na Advocacia-Geral da União. A Justiça concedeu 30 dias de prazo para devolução do espaço.

Nasser, que é curador e diretor do museu, recorreu e obteve mais 180 dias, mas o prazo venceu em 30 de maio último.

A ocupação da área pelo museu se deu por convênio entre a Fundação Memória dos Transportes, representada por Nasser, e o governo federal. Só que no entendimento do Ministério o uso da área pelo Museu não tem validade legal, uma vez que o convênio foi rescindido há mais de 10 anos. Mas, segundo Nasser, o convénio foi firmado em 1996, quando a área não pertencia ao Ministério dos Transportes, mas à Secretaria de Patrimônio da União.

Independentemente das pendengas judiciais, há o absurdo, a insensibilidade de um órgão federal em relação a um assunto de tamanha importância para a cultura em geral e automobilística em particular do nosso País, pretender desalojar um museu para usar o espaço como depósito. Só mesmo no Brasil....

O museu funciona com a verba proveniente da venda de ingressos e com apoio financeiro do próprio Nasser. Parte do acervo lhe pertence, parte é consignação. Nos últimos dez anos ele tem investido em benfeitorias no imóvel e, claro, deseja continuar permanecer na área.

Nasser ressalta a localização, na rota turística da Capital, e diz, com razão, que seria arriscado transferrir todo o acervo para outro endereço. Diz, ainda, que o arquivo morto da RFFSA é todo digitalizado e de modo algum precisa ocupar dois galpões.

Sua preocupação maior, claro, é que a desocupação signifique o fim do museu, o que seria uma perda irreparável. "É a trajetória automobilística brasileira sendo contada a crianças e adultos de todas as regiões e classes sociais", como ele diz. Para Nasser, acaba ele fazendo um investimento que caberia ao governo ou entidades que representam os fabricantes de veículos.

O Secretário de Turismo do Distrito Federal também considera o museu fundamental para Brasília, pois além de instruir e contar a história automobilística do País, constitui um grande atrativo turístico.

Quem já o visitou, como eu, fica maravilhado com o que está ali exposto. Ha carros realmente raros, com o Willys Capeta, um protótipo de grâ-turismo desenhado e construído no Brasil (a foto de abertura mostra bem a variedade). Na biblioteca especializada, mais de 7.000 exemplares compõem o maior acervo do segmento do País.

Temos de lutar contra esse absurdo inominável. Divulgue o problema, escreva para o seu deputado, seu senador, seu jornal, proteste enquanto é tempo. Este museu não pode acabar por mera intransigência do Ministério dos Transportes. Que arranje outro local para guardar arquivo morto qualquer que seja.


Visite www.museudoautomovel.org.br


Escreva para curador@musedoautomovel.org.br


Telefone para (61) 3225-3000


Bob Sharp

"Velocidade na Terra"



Imperdível!

Nada como incríveis imagens da Fórmula 1 para levantar o astral!

Mais um show de marketing - e de tecnologia - da Red Bull, aproveitando o retorno da categoria aos Estados Unidos em 2012.

Um pacato touro Long Horn encarna o espírito de uma das mais simpáticas e corretas equipes da F1 e "foge" de um rancho do Texas. Os vaqueiros até tentam laçá-lo, mas, os "zerinhos" na terra e o poeirão espalhado pelo vento do helicóptero - imagens surreais - impedem o retorno ao curral.

Após um passeio pelas ruas de Austin, incluindo outro "borrachão" no asfalto - atentem para o efeito da super câmara lenta - o bólido faz a primeira volta rápida - "inaugurando" o novo circuito.

Detalhe: ainda em construção!

Um vídeo imperdível para quem gosta de velocidade na terra.

Para quem não reconheceu o capacete - azul com listas brancas - confiram David Coulthard aproveitando a divertida aposentadoria.

Uma equipe ímpar, com grande visão sistêmica e espírito esportivo. Lembrem-se que quase perdeu o título do ano passado por se recusar - acertadamente - a manipular resultados. Uma dura lição para a pataquada da Ferrari.

Já tinha colocado um F1 para correr na praia, mas, com esse poeirão ... !!!! Show !!!!
   
   

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vamos em frente!

   
Rallye do Acarajé

O antigomobilismo continua sendo o catalisador, mas os grandes amigos são a essência!
  
Ainda faltam palavras, ânimo e motivação - vácuo gerado por uma grande perda - mas, a maior homenagem que podemos prestar é dar continuidade aos projetos, restaurações, clubes e, principalmente, às valorosas amizades cultivadas por todos esses anos.
 
 
Esse conceito serve para o Pit Stop Bahia - que volta a acelerar - e para o próximo evento de peso do Veteran Bahia: o II Rallye do Acarajé, que também receberá a quarta e última etapa do Campeonato Brasileiro de Rallye para Veículos Históricos.
 


Diante do imponderável, que às vezes nos lembra da nossa fragilidade, o melhor é aproveitar cada momento, buscar atividades coletivas e prazerosas, estar com as pessoas maravilhosas, admirar os shows da natureza em seus cenários paradisíacos.

Linha Verde - Praia de Gurajuba - setembro de 2011

A Caravan - categoria especial extra-campeonato - já está quase pronta, pois apresentou a melhor aferição no hodômetro original...

Um Rallye para comemorar os 25 anos

Perto dos 100.000 Kms originais

 ... e a navegadora devidamente convencida a abandonar seus sonhos de pilotagem para assumir a função, primordial, de navegação.

Dani pronta para o desafio

Nos vemos na linha verde!
   
   

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Edson Brandão

   
Missa de 7º Dia


A família aproveita para agradecer o apoio e as emocionantes demonstrações de amizade e carinho!
   
   

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mais tristeza

  
Ainda sem palavras, desculpem!


Cunhado, grande amigo, parceiro na paixão pelos antigos ... o irmão que nunca tive!



           

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Iguatemi (06) - Jeep

  
"General Purpose"


Marca: WILLYS
Ano: 1965
Origem: Brasil
Motorização: 6 cilindros em linha
Acervo: Carlos Eduardo Seixas

GP - Uso geral

Esse exemplar, apesar de bastante modificado (estilo Street Rod), conserva as características básicas que fizeram dos Jeeps uma referência mundial em off-road.
 
Surgiu durante o esforço de guerra, no final dos anos 30 e início dos 40, em que era necessário um veículo leve com capacidade de superar terrenos difíceis e cheios de obstáculos, além de conduzir alguns homens e armamentos. Uma curiosa especificação exigida pelo exército americano era a capacidade de andar normalmente com apenas três rodas, estratégia para pneus furados em tempo de guerra.
 
    

Ao final da segunda grande guerra, a Willys requisitou o registro do nome, cuja origem  é controversa: alguns afirmam ser derivado da pronúncia em inglês da sigla GP, que significa “general purpose” ou "uso geral", enquanto outros apontam para o personagem de histórias em quadrinhos Eugene the Jeep, criado em 1936 para fazer companhia ao Marinheiro Popeye.


No Brasil, o Jeep foi lançado no final dos anos 1950 e foi produzido até o início dos anos 1980, inicialmente pela Willys Overland e depois pela Ford, que acabou adquirindo a Willys e depois a Chrysler (só no país).


Esse exemplar é um modelo 1965 repaginado, com clara inspiração Street Rod. Apresenta chassi especial com longarinas reforçadas, carroceria em fibra de vidro, suspensão especial com dois amortecedores por roda, motor Ford de seis cilindros com 4,9 litros, capô tipo flip para facilitar o acesso à mecânica e painel artesanal em rádica com acabamento em fibra de carbono.


Adquirido há mais de 15 anos, é uma reverência ao primeiro carro de meu pai  e ilustra o cabeçalho do Blog.
   
    

O "inédito" Hunday (02) - Outros pioneiros

  
3 Portas

Na postagem anterior, mencionamos a falha da Hunday em divulgar o Veloster de 3 portas como um conceito inédito no Brasil.


Anexamos a foto da F-75 cabine dupla, para provar que a idéia já tem mais de 40 anos.

   
E tem mais!


Nosso amigo Ricardo Muneratto enviou belas fotos da Ford, com o mesmo conceito na pick-up cabine dupla da marca.

  
Que também foi utilizado no modelo fechado, tipo perua.
   
 
E o Portal Maxicar também enviou sua contribuição, lembrando que a perua Chevrolet Brasil Amazonas - fabricada na década de 1950 e substituída pela Veraneio em 1964 - também apresentava a mesma solução.
    


Obrigado amigos!

É com o apoio de vocês que vamos resgatando - aos poucos - a história dessa empolgante indústria !
    
      

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O "inédito" Hunday de 3 portas

  
Hunday Veloster

Próximo lançamento da Hunday no Brasil, previsto para outubro, o Veloster é divulgado como conceito inédito no país, por apresentar apenas 3 portas - duas do lado direito - por questão de segurança.


Realmente o carro é muito bonito e o fato dos passageiros só saírem pelo lado das calçadas transmite uma maior segurança, mas, inédito ????


Mentira!

Aliás, para amenizar a expressão, inverdade ou miopia de marketing! Rs,rs

Que me desculpem os criativos coreanos - que já deixaram os brasileiros na mão ao abandonarem as operações no país uma vez e agora buscam salvar a imagem (bastante arranhada) numa segunda investida - mas esse conceito foi lançado na década de 1960, na F-75 cabine dupla, que já foi tema de uma visitadíssima postagem de julho de 2011.



Acredito que a empresa deveria pesquisar melhor a história da indústria automobilística do país onde pretende atuar, para não ficar falando "abobrinha" nem se apropriando de uma idéia com mais de 40 anos de idade.

Mas, curiosa mesmo é a propaganda do Volester, que circula na web com fama de proibida. Não descobri onde foi a tal proibição, mas o vídeo utiliza um pouco de humor mórbido para enaltecer a principal característica do carro.

Confiram!

   
    
Aposto que vocês estranharam eu estar falando de um carro novo!!!

O mérito é todo do antigo. Rs,rs,rs
    
       

Iguatemi (05) - Caprice

  
CAPRICE 1968


Marca: CHEVROLET
Ano: 1968
Origem: E.U.A.
Motorização: 8 cilindros em “V”, big block
Acervo: Marcelo Faverani

Um sucesso sempre aperfeiçoado

Lançado como uma derivação dos famosos Impalas, os Caprices - cupês de altíssimo luxo e acabamento -  logo adquiriram identidade própria e criaram uma bela história de sucesso.


Apesar de não figurar como protagonista, é um dos carros mais vistos no cinema, seja em desfiles com seus fiéis usuários ou dando duro como carros de polícia e/ou taxis. Várias versões podem ser conferidas, por exemplo, na franquia Exterminador do Futuro, incluindo uma perua.

Dimensões generosas, muito conforto e um motor - V8 é claro - compatível com o peso, materialização do gosto americano de  dirigir.


Esse exemplar de Faverani conta com um alto nível de originalidade, com uma instigante exceção: as gigantescas e belas rodas.


A conservação é tão impressionante quanto a beleza e proporcional ao tamanho!